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COMUNICADO
Com muita tristeza comunicamos o falecimento da nossa querida Cassandra Arruda Mauro Pierini (Gestora do RH).
O velório será amanhã (04/11) na Funerária Fonteri das 06h30 às 10h15 e o sepultamento às 10h30 no cemitério São Bento.
Informamos que não haverá expediente amanhã e todas as aulas estão suspensas (diurno, vespertino e noturno).
A Cassandra dedicou mais de 30 anos de sua vida à UNIARA, sempre foi a base do nosso RH, mas além de gestora do RH, era também filha, esposa e mãe. A família Uniara se solidariza e deseja força aos familiares.
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Profa. Sonia A. G. Pinotti
Atualmente, a agressividade e a violência parecem ter atingido pontos extremos, especialmente nos meios urbanos. Isso faz com que toda a sociedade passe por momentos de grande apreensão, principalmente em relação às crianças e jovens.
Os termos agressividade e violência são empregados por muitos como sinônimos, no entanto, parece existir uma grande diferença. Quando se refere à agressividade, fala-se de um nível de relação humana onde ainda é possível o diálogo. Na violência, ele não é mais possível, a situação já está mais fora de controle e se encaminha para atitudes extremadas (homicídios, assaltos, estupros etc.). (Walz).
Para Winnicott, a agressão se constitui de amor e ódio, e estes são os principais elementos para a construção das relações humanas. A agressividade pode ser um sintoma de medo. De todas as tendências humanas, a agressividade, em especial, é escondida, disfarçada, desviada, atribuída a agentes externos e, quando se manifesta, é sempre uma tarefa difícil de identificar suas raízes. Em resumo, a agressão teria dois significados. De um lado, constituindo direta ou indiretamente uma reação à frustração. Por outro, é uma das muitas fontes de energia de um indivíduo.
Um dos debates mais antigos dos seres humanos é se as pessoas são como são por causa da maneira como foram criadas ou por terem nascido assim - a controvérsia “natureza versus fatores ambientais”.
Os fenômenos relacionados à agressão humana têm sido um desafio à compreensão em seus diversos níveis de ocorrência, tanto nos processos psicológicos individuais quanto nas relações grupais.
Desde o nascimento, os bebês reagem seletivamente às estimulações sociais, comunicando-se e interagindo (Bussab). Para Bowlby, ainda que muito frágeis e dependentes, apresentam forte tendência ao reconhecimento individual e à formação de vínculos afetivos, reagindo na forma de protesto à separação involuntária da mãe e a vários tipos de frustrações. Desde muito cedo os bebês mostram reações de evitação de contato com estranhos.
A forma de criação pode, evidentemente, alterar a força da reação a estranhos, no entanto, não se pode subestimar a predisposição natural.
Analisando as situações que mais evocam raiva e agressão nos homens e nos animais, observa-se o potencial valor adaptivo da agressão e fica claro uma ação seletiva sobre o sistema. Sente-se raiva às situações que envolvem ameaça a nossa aptidão biológica, mostrando o valor funcional da agressão.
Entende-se que a agressão foi selecionada pelas suas vantagens adaptativas, que só podem ser compreendidas dentro de um certo contexto.
Bowlby acredita que na infância o indivíduo desenvolve um modo idiossincrático de lidar com o conflito, exibindo com mais frequência um ou outro tipo de padrão. Esses padrões são importantes na comunicação entre indivíduos e sinalizam os estados motivacionais que flutuam durante a interação agonística. Quanto mais eficientes forem os sinalizadores, maior é a ocorrência de uma relação recíproca adequada entre os indivíduos, no sentido de resolução da disputa com menos custos.
Observou também que a agressividade pode ser um padrão em certas famílias, que passa de pai para filho em muitas gerações, principalmente, se não houverem fatores que quebrem tais disposições. Ele cita um dos vários fatores determinantes da agressividade: o “apego ansioso” nas famílias cujas relações afetivas estão deterioradas e os pais não encontram nenhuma figura de apoio para as situações mais conflitantes. O “apego ansioso” é apresentado como fator de manutenção dessas relações, e a dificuldade em lidar com o desamparo levaria à respostas agressivas, voltadas a todos os membros da família.
A criança passará pela mesma história de desamparo vivenciada pelos pais e, além do modelo agressivo, ela vivencia as mesmas condições que propiciam a aquisição e a manutenção dos comportamentos agressivos que passará de geração em geração.
Durante muito tempo acreditou-se que frustração fosse a principal condição que produziria a agressividade. Para Argyle, a frustração leva, por vezes, à agressão, mas também é frequente que tal fato não aconteça. Normalmente, a agressão seguir-se-á sempre que a frustração seja sentida como algo injusto ou arbitrário. A agressão terá também a probabilidade de ocorrer se for útil para remover concretamente obstáculos à satisfação de necessidades.
Bandura mostra a agressão aprendida como um meio para outro fim e aponta que o castigo físico pode diminuir a frequência e a intensidade de um comportamento, e pode oferecer, ao mesmo tempo, um modelo agressivo à criança e, assim, aumentar a possibilidade da resposta futura.
O comportamento agressivo apresenta diferentes fatores determinantes e se modifica de acordo com o contexto.
Estudos recentes mostram que o papel da aprendizagem na agressividade é muito importante. As crianças não nascem agressivas, elas aprendem a sê-lo. Seja como for, crianças, pais e professores podem aprender a lidar com a agressão. O comportamento agressivo não é um “defeito” da pessoa, mas o resultado da cultura e das circunstâncias sociais. O nível de estresse familiar e as interações positivas e negativas da família influenciam a aprendizagem da agressão pela criança por meio da observação e imitação dos comportamentos de outras crianças e dos adultos. A comunidade que dá apoio e preserva os direitos das crianças e as compreende nos diversos estágios de desenvolvimento e oferece alternativas de recreação pode proteger as crianças e ensiná-las, em diversas situações, a controlar a agressão. As crianças, muitas vezes, não tem habilidades sociais de autocontrole para manejar seus comportamentos, mas devem aprender.
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