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Aluno de Psicologia da Uniara é aprovado em mestrado na PUC-SP

Publicado em: 14/12/2020

O estudante do quinto ano do curso de Psicologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Felipe Corrêa dos Santos, foi aprovado no mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, cujas aulas estão programadas para terem início em março de 2021. Ele conta que atuará na área de Psicologia Social.

“Estarei em contato direto com a Psicologia Social Sócio-Histórica, área desenvolvida e ‘criada’ no Brasil por Silvia Lane e colaboradores. Dentro disso, minha pesquisa será desenvolvida na área de identidade, no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Identidade Metamorfose - NEPIM, com foco em relações raciais, especificamente negros - pardos e pretos. Meu tema de pesquisa, de forma simples, são as relações e movimentos estabelecidos entre negros e universidade - se o movimento é em direção à emancipação – ‘liberdade’ - ou um movimento contrário, de alienação – ‘aprisionamento’ -, e como é essa relação”, explica Santos.

Ele coloca que “temos como fato a maioria da população brasileira ser negra, e também que nosso país é racista, então, conseguimos ver que, em vários quesitos - economia, saúde, cultura e política -, os negros são atingidos por esse racismo, e por que não na universidade? Por mais que sejamos maioria no número geral, não somos na universidade, por exemplo; onde estamos? Como é ser um negro universitário? Como é depois da faculdade? A universidade realmente inclui? São perguntas como essas que buscarei responder dentro de minha pesquisa, com ajuda de participantes negros, que moldam meu tema, buscando assim ter mais suporte para a luta antirracista”, detalha.

A aprovação no mestrado, segundo o aluno, talvez represente a maior conquista de sua vida. “Ela tem muita representatividade para mim, minha identidade, minha família, história e meu projeto de vida, assim como tem igual ou até maior representação para a sociedade, porque não faço isso por mim, mas por todos os negros do Brasil. Quero ser mestre por quem não pode ser, ou ainda não é, então essa conquista tem muita grandeza. É um sonho em vivência”, declara.

Sua conquista também “é libertadora, pois me faz olhar tudo o que já vivi, mas com outros olhos, com reconhecimento dos meus privilégios, das minhas dificuldades e lutas, da realidade como ela se dá e pode vir a ser”. “É realmente um ato de ação, movimento, transformação e luta, além de representar muitas outras coisas. É olhar também para minha criança interior, que sonhava ‘o que ela seria quando crescesse e se iria gostar do adulto’, e poder responder suas perguntas, contar a ela como foi chegar até aqui e que, agora, existe um novo mundo a ser explorado, que exploraremos juntos. Precisamos reconhecer nossos privilégios e saber como agir com eles, tomar consciência, fazendo isso também ‘com ciência’”, diz Santos.

Ainda na graduação da Psicologia da Uniara, ele conta que aprendeu bastante nesse período. “Não ficarei preso às questões teórica e prática da universidade, que foram decisivas, mas sim na questão relacional, das vivências que tive dentro desses cinco anos, com colegas, funcionários, docentes, convidados e amigos. Acho que o que mais me permitiu estar onde estou hoje foi ter adquirido sensibilidade e vida, então, a luta promovida por nossa coordenadora Simoni de Cássia Haddad Penteado, por exemplo, é digna de ser vivida, de ser passada para frente. Luta por uma psicologia digna, ‘por amor’, então essa questão é o que realmente me prende. Para vivenciarmos a práxis, temos que ter engajamento conosco, com o curso, com a profissão, com o outro. E para promover isso, tem que promover movimento, sair do lugar, mudar - tudo é eterna mudança. O curso precisa mudar e muda, temos pessoas que estão se movimentando para isso e é nesse ‘bonde’ que temos que ir”, comenta.

Santos acrescenta que “temos que nos apropriar dos espaços, fazer parte dele, por inteiro ou da forma que der, usar do nosso privilégio de universitários para promovermos mudanças reais e colocarmos em pauta questões raciais, feministas e LGBTSQ+, por exemplo”. “Não podemos apenas seguir o curso de forma técnica, a universidade é mais que isso e ela é do aluno e da sociedade”, conclui.

Simoni destaca que o curso de Psicologia da Uniara “preza por uma formação ampla e generalista do aluno, e oferece uma base teórico-técnica que lhe dê condições de conhecer as mais variadas áreas e campos de atuação”. “A escolha do aluno Felipe revela a importância dessa pluralidade de conteúdos presente na graduação, o que permitiu a ele conhecer e se identificar com a Psicologia Social”, aponta.

Ela menciona que o estudante relatou, em sua carta de apresentação ao processo seletivo, todo o percurso que o estimulou a querer se aprofundar nos estudos dessa área “e, nesse relato, destacou a importância do contato com a realidade social, feito por meio dos estágios do curso, que têm início desde a segunda série”. “Em nossa graduação também valorizamos muito a preparação do aluno para a pesquisa, por meio de disciplinas específicas, que visam a desenvolver a competência do estudante em elaborar projetos científicos e realizá-los”, ressalta.

A pós-graduação em nível de mestrado de Santos, de acordo com a coordenadora, “requer justamente essas competências, e o curso no qual ele ingressou é muito renomado e concorrido”. “É uma grande satisfação para todo o corpo docente ver essa conquista do aluno, evidenciando os frutos de um trabalho que é de todos. O comprometimento dos docentes e do graduando, que se organizou e dedicou a esse processo, foram fundamentais para essa conquista. Desejo muito sucesso ao Felipe nessa nova etapa de sua formação”, finaliza Simoni.

Informações sobre o curso de Psicologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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