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Docentes de Enfermagem da Uniara abordam importância e aspectos da carreira

Publicado em: 12/05/2020

Com a pandemia de coronavírus – Covid-19, a profissão de enfermagem, mais do que nunca, é evidenciada e fundamental. Tendo como símbolo a enfermeira Florence Nightingale que, em 2020, tem seu bicentenário celebrado, docentes do curso de Enfermagem da Universidade de Araraquara – Uniara falam sobre a profissional e abordam a importância e diversos aspectos da carreira.

“Florence Nightingale é a precursora da enfermagem moderna, tendo vivido no período de 1820 a 1910. É reconhecidamente pioneira no que se refere ao pensamento filosófico, científico e ético para a enfermagem. Mesmo 110 anos após sua morte, não apenas o pensamento como também as práticas de Florence estão na vida contemporânea de trabalhadores e estudantes de Enfermagem, trazendo muitas vezes elementos fundamentais para reflexão sobre o agir profissional. Um grande exemplo é que Florence descobriu a importância da higienização das mãos em seus estudos de infecções hospitalares, tão importante neste momento de pandemia. 2020, além de ser o ano dedicado à enfermagem e às parteiras, é também o ano em que, no dia 12 de maio, completa duzentos anos de seu nascimento”, destaca Aline Natalia Domingues.
Apesar de estar bastante evidente atualmente, Amanda Rossi Marques-Camargo menciona algumas das diversas atuações da carreira. “De forma simplista, podemos dizer que a(o) enfermeira(o) tem importante papel no gerenciamento do cuidado e no seu desenvolvimento nas mais diversas formas de assistência. No entanto, tem amplo papel em seu desempenho, atuando sempre de forma a desenvolver um cuidado adequado para atendimento, desde demandas individuais do paciente, quanto planejando e atuando de forma a cuidar de uma população como um todo. É daí que reconhecemos seu importante papel no planejamento estratégico da assistência, seja nos níveis ministerial, regional ou local”, relata.

De acordo com Amanda, “suas funções compreendem desde a realização de um procedimento complexo à organização, treinamento e atualização de sua equipe para o desenvolvimento das tarefas mais simples, que exigem menos domínio de conhecimento e de tecnologias”. “É importante ressaltar que a essência de ser enfermeiro é ter como princípios a segurança do paciente e a garantia de um cuidado de qualidade pautado em evidências. Ainda é preciso mencionar a capacidade de usar a criatividade para adequar situações e equipamentos de forma que possam garantir a realização do melhor cuidado, pois sua responsabilidade é grandiosa, seja com sua equipe, seja com seus pacientes e população”, explica.

Mariana Lopes Borges, por sua vez, reforça que a atuação da enfermagem é ampla. “Em todas as áreas do conhecimento é passível se beneficiar com a ciência da enfermagem. No âmbito da saúde, há legislação, epidemiologia, saúde ambiental, auditoria e qualidade dos serviços em saúde, gestão e gerenciamento, assistência nos três níveis de atenção - primário, secundário, terciário - e pré-hospitalar, representação de medicamentos e produtos médicos, consultório particular, serviço público administrativo e estratégico - secretarias de saúde municipal, organizações governamentais e não governamentais -, ensino - nível técnico e superior -, pesquisa, educação em saúde - consultorias, escolas de nível fundamental e médio -, e atendimento home care”, detalha.

Entretanto, para Fernanda Priscila Sezefredo, a enfermagem não é valorizada como deveria. “Muitos pacientes sequer lembram da profissão, citando somente a classe médica como relevante no tratamento”, reflete.

Silvia Helena Tognoli concorda com Fernanda e também acredita que a valorização da enfermagem deveria ser melhor, “pois todo o cuidado aos pacientes depende de nossa equipe, que está 24 horas à beira do leito”. “Vemos ainda muitos casos de profissionais com jornada de trabalho exaustivas, sem condições dignas de trabalho e com falta de EPIs para que possam se proteger durante suas tarefas”, reforça.

Quando o assunto são os desafios da carreira, Erika da Fonseca aponta que são “o empoderamento frente às diferentes profissionais da saúde; o reconhecimento das competências pelos próprios profissionais da enfermagem, e a valorização dessa profissão essencial na vida das pessoas, hoje e sempre”.

Amanda dos Santos Oliveira acrescenta que deve haver “a desmistificação dessa função, muitas vezes vista como inferior ou submissa a outras categorias profissionais, o que culturalmente ficou estabelecido, e ainda lutamos para desconstruir essa e outras crenças da população”.

Paradoxalmente, é vital a existência da enfermagem, de modo que, segundo Ana Maria Tucci Gammaro Baldavira, é impossível imaginar como seria o planeta, hoje, se não houvesse enfermeiras. “Desde que se tem notícias de pessoas no mundo, houve necessidade de cuidados. Quem ajudaria nascer crianças? Quem ajudaria suas mães a amamentá-las corretamente e não desistir disso até ao menos seis meses? Quem cuidaria das feridas dos mamilos? Quem cuidaria da vida das pessoas? Quem orientaria sobre bons hábitos de higiene e saúde?Quem administraria vacinas, medicações e oxigênio quando fosse necessário? Quem daria banho, alimentação e deixaria você limpo e confortável? Quem vigiaria dia e noite e cuidaria de sua família quando você não pudesse fazê-lo? Quem faria massagem cardíaca quando seu coração parasse de funcionar? Quem estaria ao seu lado na hora de nascer? Quem seguraria sua mão e te daria conforto na hora de sua morte?”, questiona a docente.
Amanda finaliza dizendo que, sem esses profissionais, o mundo estaria “em real colapso e sem muitas chances de sobreviver”.

Informações sobre o curso de Enfermagem da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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