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Coordenador de Administração da Uniara faz análise da economia brasileira na pandemia

Publicado em: 05/05/2020

A recessão econômica brasileira é uma realidade instalada mesmo antes da pandemia de coronavírus – Covid-19, e, com mais esse obstáculo, o cenário tem se tornado ainda mais difícil, de acordo com o coordenador do curso de Administração da Universidade de Araraquara – Uniara, Eduardo Rois Morales Alves, que faz uma análise deste momento histórico e dá sugestões para os administradores de empresas tentarem minimizar a situação.

“A pandemia trouxe uma queda abrupta de demanda por fechamento do comércio e pela diminuição drástica da atividade econômica como um todo, com uma economia que já não vinha bem: desde 2014, o Brasil alterna recessão, Produto Interno Bruto - PIB negativo e estagnação. O crescimento muito baixo do PIB – por volta de 1% -, está muito aquém das necessidades de seu crescimento, para minorar a pobreza.Então, a pandemia representa um problema econômico muito duro para os países como um todo, mas em especial, para o Brasil, pela situação de estagnação econômica na qual nos encontramos há pelo menos seis anos”, explica Alves.

Ele comenta que, pelo lado das empresas, “há falência e endividamento subindo terrivelmente, e pelo lado das pessoas, o desemprego, que já está aumentando exponencialmente e deve crescer ainda mais até o final do ano, com a quebra de empresas, que têm dificuldade de manterem suas despesas e custos ante o faturamento zero ou muito próximo disso”. “O desemprego, a informalidade e a falta de renda são graves neste momento, e eles precisam ser enfrentados com a ajuda do governo, já que é ele que tem que conceder crédito às empresas e socorro às famílias para amenizar o sofrimento e uma crise socioeconômica muito grave, que poderemos enfrentar a partir deste momento”, aponta.

Não há perspectivas para sair da crise durante a pandemia, na opinião de Alves. “Como mencionei, as empresas já não vinham bem, com endividamento elevado e capacidade ociosa de produção, e aí, isso é comprometido ainda mais com uma queda abrupta da demanda. Então, enquanto a pandemia durar, ou pelo menos enquanto o distanciamento social for mais rigoroso, não vejo a menor possibilidade de recuperação ou saída econômica plausível”, diz.

Para tentar amenizar os impactos econômicos, no entanto, para o coordenador, a palavra-chave é ‘inovar’. “É necessário procurar caminhos para inserir seu negócio no e-commerce e buscar alternativas para que seja visto pelas pessoas a partir de casa. Então, os serviços de entrega têm que ser buscados e a situação precisa ser adaptada para que o seu negócio consiga vender. Deve-se explorar a comunicação na internet: os meios de comunicação na rede estão crescendo, sendo que há dados de sites e portais de notícias sobre o grande aumento do uso de mídias sociais, então isso, sem dúvida, pode ser uma oportunidade e uma necessidade para amenizar um pouco a falta de receita que as empresas estão enfrentando pelo fechamento de suas portas. É incrementar o e-commerce, que depois pode permanecer como uma fonte extra de faturamento muito interessante”, avalia.

Ainda assim, após a pandemia, o cenário econômico nacional também não deve ser promissor a curto prazo, na análise de Alves. “Não acredito em uma recuperação rápida da economia brasileira, que vem desacelerada. O endividamento público vai crescer substancialmente e o governo não parece ter uma estratégia de médio prazo – um pouco além da pandemia. Está correndo atrás de forma lenta, deixando pessoas nas filas por R$600,00 muitas vezes durante um dia inteiro, e também não está conseguindo dar respostas a empresas no financiamento que precisam à altura, então, infelizmente minha perspectiva é negativa. Acredito que iremos sofrer, após 2020, por pelo menos dois ou três anos de estagnação, muita dificuldade com PIB baixo, desemprego elevado e empobrecimento das famílias”, comenta.

A renda per capita brasileira – “e há vários estudos que apontam isso” – deve diminuir em 2020 e 2021. “É preocupante e assustador porque representa o aumento da pobreza, sendo que já temos, no Brasil, mais de 52 milhões de pessoas na linha da pobreza - algumas que vivem com, no máximo, R$4,00 por dia. Então, é grave, mas infelizmente a perspectiva para depois de 2020, 2021 e 2222 é de ainda haver um pouco mais de sofrimento das famílias e empresas”, finaliza Alves.

Informações sobre o curso de Administração da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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