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Aluna da Uniara estuda a arquitetura móvel aplicada em situações de crise

Publicado em: 18/12/2019

A aluna de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Araraquara – Uniara, Júlia Marques Gomes, apresentou o Trabalho Final de Graduação – TFG “Consciência social – Arquitetura móvel aplicada em situações de crise”. O estudo foi orientado pelo professor Adriano Ferraz Scatolin e coorientado pela docente Maísa Fonseca.

Júlia explica que “o tema do trabalho se refere ao importante papel que a arquitetura pode desempenhar na qualidade de formação de um campo de refugiados e da singularidade e flexibilidade que esse tipo de projeto deve apresentar para atender de forma rápida, eficiente e humana as necessidades das vítimas que buscam abrigo”.

“Encontra-se na arquitetura móvel uma alternativa para amenizar o impacto sobre as vítimas e rapidamente realoca-las de forma temporária para minimizar os efeitos físicos. A escolha do tema surgiu da percepção de um padrão de acontecimentos recorrentes no mundo, agravados com o passar dos anos e provenientes de transformações climáticas, urbanísticas, econômicas, ambientais e políticas. Acontecimentos estes que atingem milhares de pessoas, frequentemente deixadas sem atendimento rápido”, complementa a aluna.

Ela ainda cita que é possível identificar vários exemplos recentes de desastres com desabrigados. “No Brasil, inundações em Santa Catarina em 2008, e em Pernambuco e Alagoas, em 2010. Deslizamentos de terra, como os que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro em 2011, e o ciclone Catarina, que atingiu o litoral norte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina em 2004. Há que se mencionar a imigração venezuelana iniciada na década de 2010 e que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE, resultou em cerca de 128 mil refugiados vivendo no país”, relata.

De acordo com Júlia, “o objetivo do trabalho foi propor, por meio dos conceitos de ‘arquitetura móvel’, um modelo de unidade móvel configurável, que supra prontamente a necessidade de ponto de atendimento médico local, habitação temporária e estoque de mantimentos para atendimento e formação de campos de refugiados móveis aplicados a situações de crise”. Além da unidade ser configurável, o objeto também busca possibilitar diferentes formas de configuração para um campo de refugiados, de forma que o desenho do campo possa se adequar da melhor maneira possível as características geográficas locais”, ressalta.

“Escolhei o nome Honeycomb para unidade móvel configurável. Ele se pauta no formado hexagonal que cada unidade apresenta. A forma de hexágono foi escolhida devido a quantidade de conexões que ela possibilita para cada unidade, mas rapidamente se tornou o principal partido arquitetônico do projeto, pois além de ser uma geometria estável e propícia para conexões, está intrínseco na natureza e da forma a sensação de acolhimento, de fazer parte de um grupo, de uma sociedade, de uma colmeia. Essa sensação tem muito a agregar à proposta de uso das unidades Honeycomb, pois sua aplicação essencial é voltada para o atendimento temporário de pessoas refugiadas ou desalojadas, conta Júlia.

Para Scatolin, o tema do trabalho de Júlia “culminou em um projeto totalmente diferente em termos tipológicos e até mesmo técnico do que estamos acostumados no dia-dia projetual”. “Vem atender uma crescente demanda existente em muitas partes do mundo, visando a atender situações onde o ser humano está muito vulnerável e necessita de todo tipo de ajuda. O projeto excedeu as expectativas. As soluções encontradas mostraram criatividade e domínio da técnica exigida para projetos dessa natureza, os quais são muito diferentes dos habitacionais cotidianos. É praticamente uma peça de fabricação industrial, com tolerâncias de erro na execução e montagem bem abaixo do que é aceito pela construção civil convencional”, explica.

“O trabalho é um excelente começo para uma pesquisa mais aprimorada do tema e das soluções encontradas até então, que pode gerar um material muito importante para melhorar a situação dos refugiados e vítimas de crises ambientais”, finaliza o docente.

Mais informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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