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Alunos de Medicina da Uniara participam de julgamento ético-profissional simulado

Publicado em: 21/10/2019

Nesta segunda-feira, dia 21 de outubro, alunos do quinto e sexto módulos do curso de Medicina da Universidade de Araraquara – Uniara participaram de um julgamento ético-profissional simulado. A atividade, realizada no auditório principal da instituição, fez parte da disciplina “Bioética e Ética Médica”, ministrada pelos professores Jussara de Oliveira e Paulo Bernardi.

“Montamos um caso fictício, no qual uma das turmas fez a denúncia contra os médicos envolvidos, e a outra sala fez a defesa. Elaboramos esse julgamento, com uma introdução que abrangeu a sindicância, quando há uma denúncia, no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo - Cremesp. Abre-se essa sindicância e, em virtude da investigação, é feito um relatório conclusivo que indica se será instaurado um processo ético-profissional”, explica Jussara.

Ela acrescenta que, mediante essa instauração, “existe uma fase de instrução na qual são ouvidas as partes denunciante e denunciada, com testemunhas, produção de provas e prontuário do paciente e, se for necessário, há perícias médicas”. “Ainda nessa fase, também é elaborado um relatório que é encaminhado ao conselheiro corregedor do Cremesp, que indica ou não a instauração do processo ético-profissional no qual os médicos envolvidos serão julgados”, detalha.

Na atividade, a docente conta que foram simulados os conselheiros do Cremesp, “que julgaram os fatos e se as ações médicas foram realmente causa do caso que desenvolvemos, que envolveu a morte de uma paciente”. “Contamos com a participação de dois médicos do município quando expusemos um caso específico de uma área da ginecologia obstetrícia – um deles é delegado do Conselho -, Ademir Roberto Sala, e Aluísio Margarido Alberice, que já atuou no Cremesp durante anos, na cidade. Os alunos se dividiram, sendo que dois representaram os médicos acusados e outro fez a defesa e, do outro lado, tivemos a representação do marido da paciente e a acusação. Foi bastante gratificante e um aprendizado muito importante para eles porque, conforme simulamos as etapas do julgamento, também foram dadas explicações até o veredicto e o resultado final”, destaca.

A dedicação dos estudantes para a atividade foi grande, de acordo com Jussara. “Eles se prepararam para estudarem o caso, verificarem os artigos, possíveis infrações no Código de Ética, a importância da responsabilidade profissional e uma atuação médica séria e com cuidado ao paciente. Além dos médicos participantes como conselheiros, que fazem a votação, simulamos também os conselheiros relator e revisor, e os próprios graduandos participaram como se fossem conselheiros. Então também separamos alguns alunos para isso, que votam em relação ao processo que estava sendo julgado”, relata.

A professora lembra que, “normalmente, em um processo ético-profissional, depois de toda a apreciação e a defesa, no dia do julgamento há dez minutos de sustentação oral, tanto para a parte denunciante quanto para a denunciada e, depois, iniciam-se três votações”. “Na primeira, é declarada se os médicos envolvidos são inocentes ou culpados; na segunda, verificam-se os artigos do Código de Ética que foram infringidos, se foram declarados culpados, e a terceira votação marca a atribuição da penalidade”, finaliza.

Informações sobre o curso de Medicina da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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