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Professor e mestranda da Uniara são coautores de artigo sobre o uso de celulose bacteriana no setor alimentício e em embalagens

Publicado em: 29/01/2019

O professor e a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB/MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara, Hernane Barud e Amanda Claro, respectivamente, são coautores, ao lado de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, de um artigo sobre o uso de celulose bacteriana no setor alimentício e em embalagens, recentemente aceito pela revista científica Frontiers. 

Parte do conteúdo, intitulado “Bacterial Cellulose as a Raw Material for Food and Food Materials Packaging Applications”, pode ser acessado no link https://goo.gl/Fac9uH. O texto completo será divulgado em breve, segundo o site da revista.

“É um artigo de revisão, ou seja, é aquele no qual você faz um levantamento da literatura para ver quais são os avanços mais importantes em determinada área. Parte do tema são as embalagens especiais biodegradáveis. Sabemos que uma boa quantidade das usadas hoje são de polímeros derivados do petróleo – os plásticos -, e aí existe o problema de tempo de degradação no solo, toxicidade etc”, explica Barud, que menciona que “a ideia é tentar substituir essas embalagens por outras que sejam ‘ambientalmente amigáveis’”. “Uma das alternativas para isso é a utilização de celulose bacteriana”, diz.

Outro viés do artigo é sua utilização na área de alimentos. “Essas embalagens não só poderiam ser usadas em linhas gerais, mas também na produção de embalagens comestíveis, por exemplo. Também falamos das aplicações desse material na indústria alimentícia como fibra dietética – nata de coco. Ela também pode ser utilizada como aditivo na produção de sorvete. Fizemos um apanhado do uso de celulose bacteriana na área alimentícia, envolvendo alimentos principalmente de baixa caloria”, comenta o docente.

Amanda detalha que o estudo aborda também as principais condições de bioprocesso desse material biotecnológico. “Ela é 100% natural, produzida por bactérias não patógenas, ou seja, ‘do bem’, e é semelhante à celulose vegetal, mas com propriedades melhoradas, digamos assim. Por ser rica em fibras, favorece o trânsito intestinal, assim como outras fibras alimentares, e contribui para o paladar dos alimentos”, destaca.

A mestranda reforça que é possível que o material seja aplicado enquanto alimento similar à nata de coco, e espessante ou substituto de gordura na produção de doces como sorvetes. “Isso permite que as calorias desses alimentos sejam reduzidas. Também é possível utilizar a celulose bacteriana como imobilizador de probiótico – enzimas, por exemplo -, ou também produzir embalagens utilizando o material como matéria-prima, o que é bastante interessante, visto que a celulose bacteriana se degrada muito mais rapidamente no meio ambiente”, ressalta.

Ao considerar a demanda crescente de alimentos ao redor do mundo, a questão da produção de alimentos mais saudáveis – dietéticos - e a importância de proteger o meio ambiente por meio da redução do uso de embalagens ou no emprego daquelas sustentáveis, Amanda acredita que a relevância social do artigo “está no destaque que damos a um material natural, produzido de maneira sustentável, e que tem grande potencial para ser aplicado enquanto matéria-prima para diversos ramos da indústria alimentícia”.

Barud lembra que a participação na elaboração do artigo se deu por um convite da professora e também autora do conteúdo, Henriette Azeredo, “o que coloca Uniara em visibilidade em âmbito nacional e internacional, e atrai pesquisadores para o nosso Programa”. “O mais interessante é que, além de envolver uma aluna de pós-graduação, que é a Amanda – é importante formarmos estudantes nesse sentido -, também temos a possibilidade de interagir com os pesquisadores da Embrapa de São Carlos e de Fortaleza”, finaliza.

Os outros autores do artigo são Cristiane Farinas e Vanessa Vasconcellos. Informações sobre o PPGB/MRQM da Uniara podem ser obtidas pelo endereço www.uniara.com.br/ppg, pelo telefone (16) 3301-7348 ou pelo e-mail secpgbio@uniara.com.br.

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