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Alunos de Psicologia da Uniara desenvolvem projeto para auxiliar usuários de CRAS na reinserção no mercado

Publicado em: 03/12/2021

Os alunos do Estágio Básico em Saúde do curso de Psicologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Anderson Kazuyoshi Kawasaki, Ariane Gomes Bernardino, Clarissa da Silveira e Silva, e Cristiana Severino dos Santos, desenvolveram o Projeto TrampoLim, supervisionados pelo professor Fábio Mastroianni, no Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Cruzeiro do Sul. Um pouco do trabalho pode ser conferido no endereço https://pisctrampolim.wixsite.com/home.

“O projeto foi inspirado na gíria ‘trampo’, que significa ‘trabalho’, e na figura do trampolim, que figurativamente significa ‘objeto de que alguém se serve para chegar a um resultado’, com o objetivo de auxiliar os usuários do CRAS na reinserção no mercado de trabalho por meio do desenvolvimento de habilidades sociais, acadêmicas e profissionais. O projeto enfatizou a (re)construção da cidadania e a valorização da dignidade humana e dos direitos humanos após o período crítico da pandemia de coronavírus - Covid-19”, explicam os estudantes.

Eles contam que o surgimento da ideia se deu quando a gestora do CRAS, Graziele de Aguiar Roncato, fez parte de um circuito de palestras oferecido por Mastroianni, durante o período de aulas online. “O grupo se identificou com a demanda do equipamento - usuários desempregados devido à pandemia - e, a partir desse primeiro contato e com o apoio do supervisor, elaborou o projeto, que foi muito bem recebido pela gestora. Quando foi possível voltarmos, de forma gradativa, ao presencial, iniciamos o TrampoLim no CRAS Cruzeiro do Sul”, relatam.

A iniciativa contou com sete encontros presenciais com os usuários participantes, de acordo com os graduandos. “Fizemos entrevistas para confeccionarmos o currículo de cada um deles e proporcionamos breves palestras sobre o tema da empregabilidade, rodas de conversa e técnica de role-play. Nessa ocasião, houve uma simulação de uma entrevista de emprego com os participantes, momento em que o grupo abordou pontos como comportamento, vestimenta, postura, perguntas frequentes e posicionamento frente ao entrevistador”, detalham.

Kawasaki, Ariane, Clarissa e Cristiana gostaram de terem desenvolvido e implantado o projeto. “Esperamos que tenha sido uma experiência diferente e válida para os participantes. O retorno que obtivemos foi de muito aprendizado e, às vezes, de surpresa com os conteúdos inéditos. Tentamos levar informações úteis não somente quanto ao mercado de trabalho, mas também sobre Carteira de Trabalho digital, legislação e direitos, e experiências de trabalho. Todos os membros do grupo trabalham e contribuíram com diferentes perspectivas sobre o tema”, contam os alunos.

Mastroianni, que supervisiona o estágio, aponta que “o TrampoLim é bem interessante porque, para famílias e pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade, retornarem ou ingressarem no mercado de trabalho é fundamental, pensando no direito à assistência e no desenvolvimento social das pessoas”. “Os problemas sociais não podem ser só portas de entrada. É preciso ter uma porta de saída, então, o projeto que os alunos fizeram com intenso cuidado e bastante dedicação foi no sentido de se desenvolver habilidades sociais e perceber alguns pontos interessantes em processo de recrutamento e seleção das pessoas que participaram”, diz.

A iniciativa visou não somente a fazer um currículo, de acordo com o professor. “A ideia era ‘vender’ isso, mas por trás, a intenção era de que essas pessoas se reconhecessem nas suas habilidades, potencialidades e dificuldades - no que precisam melhorar para retornarem ou ingressarem no mercado de trabalho”, salienta.

A coordenadora do curso de Psicologia da Uniara, Simoni de Cássia Haddad Penteado, destaca a importância dos Estágios Básicos, desenvolvidos na segunda e na terceira séries da graduação, “para o contato dos alunos com a realidade de ambientes diversos e, especialmente, para que compreendam, nessa primeira atividade prática, o compromisso social da psicologia com o desenvolvimento de projetos que possam atender as demandas da população”. “Por meio dessas ações, os estudantes têm sua formação enriquecida, e são estabelecidas articulações entre os conteúdos teóricos aprendidos nas diversas disciplinas com a realidade social”, explica.

As experiências se propõem, segundo a docente, a desenvolver competências e habilidades fundamentais, “com vistas a permitir a atuação e inserção do egresso em diferentes contextos institucionais - saúde, educação, organizações, trabalho, comunidades, movimentos sociais, esporte, e justiça, entre outros -, bem como a participar nos debates sobre diversas políticas públicas, visando ao fortalecimento de ações multiprofissionais em uma perspectiva interdisciplinar”. “Assim, os graduandos aprendem na prática a mapear a dinâmica social, cultural e política dos contextos em que poderão atuar futuramente”, coloca Simoni, que parabeniza Mastroianni e os alunos “pelo comprometimento com a proposta e pelo engajamento no estágio”.


CRAS

“Você sabe o que é o CRAS? Pensamos que nem todos sabem o que é o equipamento e o que é feito lá. Em Araraquara, há dez CRAS que atendem os bairros de maior vulnerabilidade social, com a função de ‘porta de entrada’ para a inclusão daqueles que procuram a assistência social, oferecendo programas, projetos e serviços que visam à construção da cidadania, à prevenção do surgimento de situações de vulnerabilidade e risco social, e ao desenvolvimento das potencialidades e forças humanas, bem como o fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e comunitários. O Estágio Básico em Saúde oferecido pelo professor Fábio Mastroianni, no terceiro ano da graduação, foca na assistência social. Foi neste contexto que desenvolvemos o TrampoLim”, finalizam os quatro estudantes.

Informações sobre o curso de Psicologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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