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Curso de Publicidade da Uniara disponibiliza podcast sobre diversidade e a mudança de valores na publicidade brasileira

Publicado em: 04/11/2020

O curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Araraquara – Uniara, por meio de sua revista eletrônica “CMIQuê?”, disponibilizou um podcast sobre “Diversidade e a mudança de valores na publicidade brasileira”. Os interessados podem ouvir o conteúdo pelo link https://bit.ly/3erzvzo.

“Tratamos de uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 19 de outubro, na qual foi feito um levantamento sobre trinta anos de publicidade brasileira e o que mudou no que diz respeito à diversidade, com algumas marcas que mudaram seu posicionamento. Se voltarmos dez ou quinze anos no tempo, você tem uma visão muito machista e preconceituosa nas propagandas, principalmente no que diz respeito à mulher ser tratada como objeto, muitas vezes sexual, principalmente em campanhas de cerveja. Há também marcas que ignoram principalmente os negros no Brasil, sendo que eles representam cerca de 54% da população”, contextualiza o professor responsável pela “CMIQuê?”, Gabriel Arroyo.

Ele comenta que, durante o período abordado na matéria, “o jornal mostra que algumas coisas mudaram”. “Há uma marca de cerveja que fez essa mudança na última década. Porém, antes disso, nesses trinta anos, ela trabalhou muito com a imagem da mulher que só serve como objeto, para servir o marido ou usar roupa curta para ser desejada, e não existe sua valorização. Isso foi cansando os consumidores, sendo que a quantidade de consumidores de cerveja cresceu muito entre o público feminino”, relata.

De acordo com Arroyo, houve uma “quebra desse grande preconceito” depois da repercussão de uma campanha que a empresa lançou em um carnaval. “Era a ‘Esqueci o não em casa’, cuja ideia era mostrar que as mulheres não tinham que dizer ‘não’, que tinham que aceitar tudo porque era carnaval e tinham que ‘ficar’ com todo mundo. Ela colocou grandes cartazes principalmente em pontos de ônibus das grandes capitais. As mulheres começaram a pegar seus batons e a escrever em cima do material. Por exemplo: estava escrito que havia esquecido o ‘não’ em casa, e elas colocavam que trouxeram o ‘nunca’, fazendo um questionamento muito forte sobre o posicionamento da marca. As redes sociais estavam começando, com as pessoas tirando fotos e postando, com gestos de repúdio a essa mensagem”, conta o professor.

Com isso, “a empresa ‘se tocou’ e começou o movimento de trabalhar melhor suas campanhas publicitárias, parar de focar na mulher como objeto e tentar trazê-la como consumidora, de fato”. “Foi no carnaval de 2015 e, dali em diante, a marca mudou todo o seu posicionamento, deixando o machismo de lado”, completa.

Outro caso mencionado por Arroyo foi o de uma margarina “líder de mercado há praticamente vinte anos no Brasil”. “Ela ignorava, em suas campanhas, o negro e o asiático, por exemplo. Basicamente, as propagandas eram de europeus, e não de brasileiros, em seus comerciais. Eram todos loiros de pele e olhos muito claros, em casas maravilhosas de classe média-alta para cima, mostrando aquela situação irreal de pessoas tomando café da manhã com o sol batendo e a borboleta entrando pela janela. Isso não existe”, afirma.

Assim, “por volta de 2016, a concorrente começou a fazer suas campanhas com negros e com mesas de café da manhã que condizem mais com nossa realidade”. “Ganhou uma empatia muito grande ao incluir, cada vez mais, a miscigenação de todos nós, brasileiros, que somos essa mistura. Também tinha uma linguagem mais popular. Essa margarina ganhou mercado e leva isso até hoje. Depois disso, a outra empresa percebeu que estava perdendo e mudou seu posicionamento”, explica o docente, que finaliza complementando que, no podcast, foram abordados “outros assuntos que dizem respeito a essa mudança, também em cima da reportagem do jornal”.

Informações sobre a “CMIQuê?” podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br/cmique ou pelo e-mail cmique@uniara.com.br.



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