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Como a diminuição do número de abelhas no mundo nos afeta

Publicado em: 01/10/2020

A pandemia roubou a cena e preocupa a sociedade, porém, a diminuição do número de abelhas também é um assunto que chama a atenção, por suas consequências de proporções planetárias. A professora do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Ana Carolina Buzzo Marcondelli, fala sobre essas implicações para a humanidade.

“Em nível mundial, as abelhas estão desaparecendo, e não é um fenômeno sobrenatural, mas antrópico, infelizmente: o excesso de agrotóxicos nas lavouras. Sabemos que são utilizados para o controle de pragas, que chegam a devastar plantações inteiras, mas lamentavelmente não são específicos e também acabam matando outros insetos, dentre eles, os polinizadores, como as abelhas. Outros fatores considerados são as mudanças climáticas e o desmatamento seguido pelo plantio de monoculturas”, contextualiza a docente.

Ela explica que as abelhas, entre outros animais, são responsáveis pela troca de grão-de-pólen entre as flores. “Esse mecanismo é uma grande ‘sacada’ evolutiva, pois permitiu, entre as angiospermas - plantas que apresentam flores e frutos -, a variabilidade genética, importante para o estabelecimento da espécie no planeta. A consequência da polinização é a produção de frutos, que são alimentos não só para nós como também para outros animais. Sem a presença de polinizadores, a produção de alimento cairá significativamente, causando fome e consequentemente morte. Sem animais para dispersarem as sementes dos frutos que comeram, não há germinação de plantas, que não florescerão e não produzirão frutos, ou seja, é uma devastação em cadeia”, alerta.

E a extinção de qualquer tipo de abelha pode acarretar essas consequências, de acordo com Ana Carolina. “Algumas espécies de plantas possuem flor especializada para determinado polinizador. Sem ele, a extinção da espécie é certa. E o importante é que não ocorra a perda de nenhum ser vivo, pois ele é importante para o nosso planeta”, ressalta.

Em Araraquara, segundo a professora, existem projetos de plantio de pomar urbano que “estimulam” a presença das abelhas. “Já houve um projeto que lei de um vereador que proibia a aplicação de agrotóxico por pequenos aviões, mas infelizmente não houve aprovação. O que precisamos é realmente pressionar o poder público em relação ao uso de agrotóxicos em lavouras, principalmente quanto ao excesso, pois sem esse controle também não teremos alimento. Na cidade deve-se incentivar o plantio de árvores, que atrairão os polinizadores”, orienta Ana Carolina.

Ela aponta que a importância que as abelhas possuem é tanto na esfera econômica quanto na ecológica. “Precisamos refletir e descobrir meios de reduzir os processos que são os causadores de sua extinção”, finaliza.

Informações sobre o curso de Biologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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