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Em doutorado, aluno de Biotecnologia da Uniara pesquisa desenvolvimento de enxertos ósseos baseados em biovidros para implantes

Publicado em: 05/03/2020

O agora doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara, Roberto Gustavo Furlan, estudou, em sua tese, o “Desenvolvimento de enxertos ósseos baseados em biovidros para implantes”, sob orientação da professora Eliane Trovatti.

“O trabalho investiga e desenvolve enxertos ósseos para serem utilizados em pacientes que necessitam de implantes dentários e não possuem ‘osso’ suficiente para instalação desse implante. No caso estudado, investigamos um enxerto ósseo artificial à base de biovidro, de modo que, no futuro próximo, esperamos ter biomateriais capazes de substituírem os enxertos autógenos - osso do próprio paciente”, explica Furlan.

Ele aponta que o estudo “viabiliza a criação e a produção de biomateriais - enxertos ósseos - com preços reduzidos, capazes de substituírem os de alto custo no mercado ou reduzirem o uso de enxertos do próprio paciente”. “A demanda por enxertos ósseos é crescente e abrangente para toda a população. Pesquisa e investimentos são necessários nessa área. Esse tipo de biomaterial pode ser produzido com tecnologia simples e com baixo custo”, destaca.

Eliane lembra que “o material, apesar de não ser novo mundialmente, pois já é utilizado em mais de 35 países, pode trazer ao Brasil uma nova cultura”. “A vantagem do biovidro utilizado por ele é que se trata de algo completamente sintético, então, temos o controle do que estamos colocando para ser um componente desse material. Estamos livres de qualquer possível contaminação de resíduos de origem biológica. É uma alternativa para a utilização em consultórios odontológicos em relação a material de preenchimento para reparo ósseo”, esclarece a orientadora.

Em relação aos enxertos ósseos disponíveis atualmente para o clínico, no que se refere à regeneração óssea, “temos um material autógeno, que é quando se tira parte do osso do próprio paciente e o coloca onde precisa ser recuperado”. “Isso é uma prática viável, porém, não tão agradável, pois é necessária uma segunda cirurgia, que causa dor e problemas, por ser o segundo procedimento”, aponta a docente.

Outro material normalmente utilizado como enxerto ósseo, de acordo com Eliane, é de origem bovina. “Ele pode trazer proteínas e células de origem animal e, apesar de ser uma pequena quantidade que usamos, isso já não é tão bem visto para uma aplicação futura. Pode ser que existam legislações, mais adiante, que não permitam mais sua utilização. O príon, por exemplo, pode ser uma doença transmitida ao ser humano por meio de um enxerto ósseo bovino de um animal que esteja contaminado”, alerta a professora.

Assim, “o diferencial do trabalho do Roberto é proporcionar à comunidade de dentistas clínicos, a opção de terem mais um material no mercado, o biovidro, que não tem as mesmas características de um enxerto do próprio paciente – autógeno, que seria o melhor que existe -, mas ele não traria os inconvenientes de carregarem resíduos de origem biológica de animal para um ser humano”.

Informações sobre o PPGB-MRQM da Uniara podem ser obtidas pelo endereço www.uniara.com.br/ppg, pelo telefone (16) 3301-7348 ou pelo e-mail secpgbio@uniara.com.br.

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