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Comunicados Oficiais - UNIARA (COVID-19)
Em virtude da pandemia global de COVID-19, as atividades da Universidade de Araraquara - Uniara sofreram alterações.
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As condições de trabalho dos Agentes de Segurança Penitenciária em Araraquara(SP) são precárias, como nos demais presídios do Estado de São Paulo e de todo o país.
Inaugurada em 1977, a Penitenciária possui quatro pavilhões, mais o pavilhão hospitalar, o disciplinar e o de inclusão.
Na Penitenciária de Araraquara os agentes encontram muita dificuldade em realizar seu trabalho, pois o presídio está superlotado com quase 100% a mais que sua capacidade, que é de 500 presos.
Os agentes têm contato direto com os presos e não trabalham armados.As inspeções ocorrem com freqüência, e também por denúncias.
Hoje o presídio possui 285 funcionários, alguns com até 25 anos de serviço, mas a penitenciária foi projetada para operar com 430 funcionários. O salário dos funcionários é insuficiente para que possa garantir sua proteção fora do presídio, bem como a de sua família.
Nos dias de visita, a penitenciária chega a receber 550 visitantes. Com superlotação e falta de funcionários fica quase impossível o controle do presídio nesses dias.
Segundo João Batista Pancioni, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo(SIFUSPESP), a categoria reivindica junto ao governo do Estado melhores salários, plano de carreira, acompanhamento psicológico, cursos preparatórios e de reciclagem, redução da carga horária de 40 horas semanais. É comum os agentes ficarem de plantão 14 horas seguidas em contato direto com os presos.
"As reivindicações estão protocoladas junto ao governo do Estado; resta ao Sindicato organizar manifestações ou até paralisações para garantir seus direitos", diz.
Segundo o funcionário Alcindo Figueiredo Filho, que trabalha há 25 anos na Penitenciária, o trabalho era bom até os anos de 1981 e 1982; agora é muito cansativo, o medo é constante e o salário é insuficiente.
“A insegurança é grande e o estresse é constante. Mesmo trabalhando 12 por 36 horas, você precisa estar sempre de olho, atento, pois há grande medo de se tonar um refém. Você está o tempo todo na ponta de uma faca, pois para o preso tanto faz”, comenta Figueiredo.
Para Yoshio Kimura, recentemente aposentado, que trabalhou 26 anos na Penitenciária, o funcionário precisa estar preparado psicologicamente, apoio que quase não é fornecido pelo governo.
“Durante o tempo em que você está lá dentro, precisa esquecer que tem família, pois você nunca sabe se vai voltar para casa. As brigas são constantes e o estresse é muito grande”.
Aparecido Ferreira que trabalha no pavilhão hospitalar, declara serem péssimas as condições de trabalho. "É horrível, estressante, há necessidade de melhor divisão entre presos perigosos e os galinhas (que comentem pequenos furtos}, entre os doentes com tuberculose, aids e com outros tipos de doença.
Segundo o Diretor Geral da Penitenciária de Araraquara, Jorge Aparecido Bento de Camargo, a função do presídio é de disciplinar e reabilitar os presos, para devolvê-los à sociedade. "A direção não se posiciona a respeito desse assunto, pois sua função é apenas administrar o presídio, acatando as ordens do governo do Estado", diz Camargo.
Para Camargo há perigo em todo lugar, e todas as profissões necessitam de melhorias. Ainda segundo o diretor, a penitenciária está estável, pois não há registro de qualquer acontecimento grave há três anos.
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