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Comunicados Oficiais - UNIARA (COVID-19)
Em virtude da pandemia global de COVID-19, as atividades da Universidade de Araraquara - Uniara sofreram alterações.
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Após três semanas discutindo alterações no Plano Diretor da cidade, a Câmara Municipal de Araraquara(SP) aprovou, em 20 de outubro, o projeto original, proposto pela prefeitura.
O projeto, que foi aprovado sem emendas, permite a construção de prédios verticais em alguns pontos da cidade, que geraram muita polêmica nas duas últimas sessões da Câmara Municipal.
Para alguns vereadores, a verticalização da cidade significa um excelente crescimento para o município, já para outros, este crescimento precisa ser pensado de forma sustentável, para que a população não sofra conseqüências posteriores e as alterações precisam ser muito bem estudadas antes de qualquer aprovação.
A nova política de verticalização – termo da arquitetura que define a ocupação do espaço urbano por prédios residenciais ou comerciais – prevê a construção de prédios em locais como a Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira (Via Expressa); região do Vale do Sol; Vila Xavier, no entorno da Avenida Padre Anchieta, na parte baixa da Alameda Paulista, depois da Rua Francisco Vaz Filho; na Avenida Padre Francisco Salles Colturato, entre outros.
De acordo com a arquiteta e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil(IAB),Núcleo de Araraquara, Beatriz Aied, a construção de um projeto como este deve ser feita juntamente com arquitetos e urbanistas e contar também com a participação da população.
“Ficamos sabendo da primeira votação depois de ela ter sido feita, o projeto foi enviado à Câmara em um espaço curto de tempo, sem consultar a população. Dizer se vai ser bom ou ruim para a cidade é difícil, pois não participamos dos estudos de impacto realizados. A cidade tem muito espaço para construção com infra-estrutura sem a necessidade de verticalizar e estudos são essenciais para que possamos saber as reais necessidades da população e dos possíveis investidores”, completou Beatriz.
Uma das grandes preocupações dos urbanistas é a ocupação de áreas de preservação permanente. Segundo a doutora em estruturas ambientais urbanas e ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Araraquara, Luciana Gonçalves, a impermeabilização de algumas áreas pode comprometer a captação de água no futuro, já que existe a previsão de construção de seis mil casas, referente ao programa de inclusão social do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” em uma área que permitia, de acordo com a antigo Plano Diretor, a construção de ecovilas, garantindo a baixa densidade de impermeabilização.
“A construção em áreas de preservação ambiental pode ocasionar a impermeabilização de áreas que, futuramente, comprometem a captação de água da cidade, prejudicando o abastecimento de 40% da população”, salientou Luciana lembrando que o projeto do Plano Diretor foi construído juntamente com a população e alterações também precisam ser feitas juntamente com a sociedade.
A atual administração defende a medida como importante para que se possa forçar a ocupação de vazios urbanos na cidade, que chegam a responder por aproximadamente 40% da área urbana de Araraquara. Alguns especialistas defendem a ocupação, pois esses vazios geram altas contas para os cidadãos devido à necessidade de se levar serviços de necessidades básicas como asfalto, água, esgotos para áreas cada vez mais distantes.
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