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Comunicados Oficiais - UNIARA (COVID-19)
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Pesquisas recentes da Universidade Federal de São Carlos e de outras Universidades têm demonstrado eficiência ao usarem macroinvertebrados como bioindicadores na avaliação da qualidade da água.
Fazem parte dos macroinvertebrados grupos como crustáceos (caranguejos), moluscos (ostras), anelídeos (minhoca) e insetos (libélulas), sendo este último grupo o mais diversificado e abundante.
Juliano José Corbi, professor de Zoologia da Uniara e pesquisador do departamento de Hidrobiologia - Laboratório de Entomologia Aquática da Universidade Federal de São Carlos, considera os macroinvertebrados aquáticos uma boa ferramenta para avaliar a água. "Eles tendem a se fixar em um local e a maioria são bem sensíveis a alterações na água. Quanto mais organismos desaparecerem devido à poluição, sabemos que naquela região há problemas, por isso são considerados bioindicadores", esclarece Corbi.
A pesquisa foi realizada nos córregos Água Sumida, São João, Bela Vista, Andes, Ouro, Chibarro, Água Preta, São Vicente, Paiol, Cruzes, Anhumas, Espraiado, Fazzari e Monjolinho, 14 córregos da região de São Carlos e Araraquara.
Corbi informa que os córregos mais degradados são Água Sumida, Bela Vista, Andes, Ouro, Paiol, Cruzes, São João, Água Preta, São Vicente e Anhumas. As principais causas da diminuição dos macroinvertebrados nessa região se devem à ausência de mata ciliar, leito do córrego totalmente exposto, plantação de cana-de-açúcar e presença de pastagem a poucos metros da margem dos córregos.
Para Cassio Arilso de Andrade, biólogo e mestre em engenharia ambiental, a forma de avaliar a qualidade da água com os macroinvertebrados é positiva. Ele explica que outro meio para avaliar a qualidade seria por análise química, porém com os macroinvertebrados a avaliação se torna mais interessante pelo fato de não usar produto químico e sim os seres vivos do próprio córrego descobrindo os efeitos que estão prejudicando a água.
Com a análise química só é possível examinar a água, verificando se ela está contaminada. Com os macroinvertebrados analisa-se o tipo de poluição que gerou o desaparecimento dos bioindicadores.
A engenheira florestal da Coordenadoria do Meio Ambiente de São Carlos, Ana Paula Castral, informou que o serviço de recuperação dos córregos é realizado pela Secretaria de Serviços Públicos. Nesse serviço empregam máquinas para dragagem dos leitos e roçadeiras nas encostas dos córregos.
Para amenizar o problema da poluição aquática, que se alastra com facilidade, o professor Corbi propõe algumas ações, como reflorestamento de matas ciliares e manter as plantações longe da margem dos córregos.
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