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Conferência sobre produção de celulose bacteriana a baixo custo é promovida pelo PPGB-MRQM da Uniara

Publicado em: 22/02/2018

A conferência “Definição de meios de cultura de baixo custo para produção de celulose bacteriana”, promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara, foi ministrada pelo chefe de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Agroindústria Tropical/Fortaleza, Gustavo Adolfo Saavedra Pinto. A atividade foi realizada nesta quinta-feira, dia 22 de fevereiro, na unidade II da instituição.

“A ideia foi falar sobre a produção de celulose bacteriana, que pode ser de origem vegetal. No entanto, algumas bactérias também produzem o mesmo tipo de celulose, com vantagens: primeiramente, os outros componentes dos vegetais não contaminam a celulose bacteriana, visto que, por exemplo, um vegetal, para ficar de pé, precisa de celulose juntamente com outros grandes componentes. Não existe isso naquela provinda das bactérias, o que faz dela uma celulose totalmente pura”, destaca Saavedra.

Além disso, ele menciona que, para esse tipo de processo, não é preciso derrubar e replantar florestas. “É possível trabalhar com resíduos da agroindústria. É necessário buscar a bactéria certa, que foi o que expliquei na conferência. Depois, explanei sobre como tornamos o processo economicamente viável, em escala de laboratórios”, comenta o conferencista.

De acordo com ele, quando começaram a pesquisa, “utilizamos meios complexos cujos custos eram enormes, da ordem de alguns milhares de reais por quilo, o que era muito mais caro do que um processo vegetal”. “Depois do trabalho de lidar com a bactéria e com o meio corretos, o custo, atualmente, caiu para cerca de doze reais por quilo”, ressalta.

O desenvolvimento de um processo microbiano, segundo Saavedra, tem três grandes etapas: “a primeira é achar o microrganismo certo, depois baratear o custo do meio e, finalmente, tornar isso uma escala industrial. Já terminamos a etapa dois e, agora, estamos entrando na ampliação de produção. Queremos sair da escala de minilitros de um Erlenmeyer para alguns milhares de litros de um reator”, finaliza.

Informações sobre o PPGB-MRQM da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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