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Medicamentos descartados incorretamente podem causar impactos no ambiente e na saúde da população

Publicado em: 23/02/2017

Em geral, um indivíduo, quando verifica que determinado remédio adquirido teve o prazo de validade vencido, joga-o em um lixo convencional, o que não é o ideal, de acordo com o docente do curso de Farmácia da Universidade de Araraquara – Uniara, Leonardo Gorla Nogueira, que fala sobre os possíveis problemas que o descarte irregular de medicamentos pode causar ao meio ambiente e à saúde da população.

Em primeiro lugar, o professor alerta que desfazer-se do remédio sem qualquer precaução oferece a possibilidade de outras pessoas utilizarem o composto, “o que é mais perigoso no caso de medicamentos controlados”.

Além disso, os resíduos, por sua vez, podem contaminar o lençol freático. “O chorume dissolve e coleta as substâncias dos remédios que, muitas vezes, acabam atingindo o lençol freático, abaixo do qual a água subterrânea preenche todos os espaços porosos e permeáveis das rochas ou dos solos, ou ainda, de ambos ao mesmo tempo, contaminando assim a água que utilizamos”, relata Nogueira.

Os poluentes mais perigosos, de acordo com ele, são remédios que contêm antibióticos - que geram bactérias super-resistentes - e hormônios, que podem causar diversas alterações endócrinas em animais e seres humanos. “Essas substâncias podem entrar na cadeia alimentar e as consequências são imprevisíveis”, completa.

Outra informação dada pelo docente é a de que a maioria dos compostos químicos provenientes de fármacos chega até o meio ambiente por meio do próprio consumidor. “Algumas substâncias permanecem na urina e nas fezes do usuário, porém, a quantidade de componentes é menor e, muitas vezes, modificada pelo corpo humano”, explica.

Algumas pessoas têm o hábito de dissolver os medicamentos e jogá-los na pia, o que também não é uma solução. “Esse ato acaba contaminando a água de consumo, e o sistema de tratamento de esgoto não é capaz de eliminar todas as substâncias químicas presentes”, afirma o docente.

O maior problema, no entanto, encontra-se nos comprimidos e soluções que são indevidamente descartados no lixo comum ou no sistema de esgoto, segundo Nogueira. “Quando o medicamento é despejado no vaso sanitário, ele pode percorrer dois caminhos: ou vai para a rede de esgoto ou se infiltra no solo por meio da fossa séptica. Os sistemas de tratamento de água também não são capazes de eliminar algumas substâncias e elas acabam atingindo os mares”, aponta.

Desse modo, ele enfatiza que nunca se deve se desfazer de medicações, sejam líquidas (xaropes), semissólidas (pomadas) ou sólidas (comprimidos), pelo vaso sanitário, esgoto ou lixo doméstico. “O descarte correto não é feito em casa. Deve-se levar o material em postos ou farmácias especializados, que os encaminharão à Vigilância Sanitária do município, onde serão incinerados. Nada é jogado no solo”, finaliza.

Portanto, quando precisar jogar fora alguns medicamentos, procure informar-se sobre os postos de coleta na farmácia mais próxima.

Informações sobre o curso de Farmácia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.



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