Publicado em: 14/10/2016
Os participantes do “IX Fórum de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente” da Universidade de Araraquara – Uniara, “saíram com uma nova visão, principalmente no âmbito socioambiental, em relação à mineração”, tema do evento deste ano, realizado na última semana, na unidade I da instituição. Quem garante é o professor do curso de Biologia e da pós-graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, e coordenador do Centro de Estudos Ambientais – CEAM da universidade, Guilherme Rossi Gorni.
“O Fórum teve um resultado muito positivo, pois a proposta era promover o debate envolvendo várias esferas da sociedade, no que diz respeito à mineração. Isso mostrou a importância dessa atividade para a manutenção de nosso estilo de vida. Muitos pensam que a mineração abrange apenas o metal precioso, mas na verdade, temos areia, brita e tudo o que é consumido no dia a dia para manter as cidades. É algo muito importante para nossa qualidade de vida”, ressalta o docente.
No entanto, ele menciona que toda atividade extratora tem seu revés. “Há as questões ambiental e social envolvidas, então, nesses aspectos, o Fórum trouxe questões discutidas de maneira profunda com especialistas de diversas áreas. No período da manhã, foi realizada a palestra ‘O novo marco regulatório da mineração’, que mostrou como está essa questão e como alguns gestores pensam sobre o assunto, além da legislação, entre outros pontos”, detalha.
Na segunda parte do evento, Gorni destaca a mesa-redonda “Impactos socioambientais da mineração e a responsabilização dos atores envolvidos: poder público, empresários, sociedade civil e meios de comunicação”, “que mostrou as facetas desse trabalho”. “Tivemos uma pesquisadora que atuou na Cetesb e trabalhou muito com a responsabilidade ambiental da mineração, que mencionou os custos que isso traz”, comenta.
Posteriormente, foram abordadas as responsabilidades civil e dos meios de comunicação. “Inclusive o fundador e editor da revista Brasil Mineral, Francisco Alves, muito respeitado na área, falou sobre as responsabilidades dos meios de comunicação ao expor os benefícios e problemas envolvendo a atividade”, relembra o coordenador.
A participação, tanto dos alunos de graduação, quanto de mestrado e doutorado em DTMA, foi muito boa, segundo o professor, “com a apresentação de trabalhos que envolviam, além do tema ‘mineração’, outras questões, como uso e ocupação do solo para agricultura agroecológica, por exemplo”.
“Foi um debate amplo e profundo, que trouxe à luz os problemas e conhecimentos sobre a necessidade da mineração. Ela é importante, mas os cuidados que precisamos ter com essa ocupação demandam muita atenção, para que não seja feita de maneira irresponsável”, finaliza.
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