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Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Uniara destaca o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial

Publicado em: 30/06/2016

“A sociedade ainda registra casos de discriminação racial a cada minuto. Por isso existe a necessidade dessa lembrança e dessa exposição, para que possamos ter esse momento de reflexão e mudar nossos hábitos”, afirma o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Edmundo Alves de Oliveira, referindo-se ao Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, comemorado no próximo 3 de julho.

Ele acredita que está havendo uma reflexão sobre a qual o indivíduo “pense em suas ações e em até que ponto acaba cometendo atos considerados racistas”. “Políticas públicas e ações de combate à discriminação estão sendo efetivas”, diz.

Em relação ao NEAB, Oliveira afirma que há razões para comemorar. “Além de fazermos reflexões acadêmicas abertas à comunidade, a Uniara disponibiliza espaço e pesquisadores para a Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil de Araraquara. Já foi feito um relatório e enviado à Comissão da Verdade ao Combate ao Racismo nacional, e ela continua levantando documentos e fazendo análises”, destaca.

Além disso, o coordenador lembra que as ações promovidas nos cursos, os contatos com outras instituições e sua participação no “XXXIV Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos” (“Latin American Studies Association – LASA”), em Nova Iorque, com um tema sobre a questão do negro no estado de São Paulo, “são, de certa forma, resultado da própria ação do NEAB na Uniara”.

Aproveitando sua ida aos Estados Unidos, ele pode observar um pouco sobre a questão da população negra norte-americana. “É uma outra realidade. É incrível você pensar que, no Brasil, pardos e negros são 51% da população, porém, em espaços como shoppings, por exemplo, quase não se percebe essa população, a não ser como trabalhadores – faxineiros, por exemplo. Nos Estados Unidos, correspondem a menos de 10% e é possível conferir esses indivíduos em todos os espaços. Isso não quer dizer que lá não tenha racismo, mas estou falando de uma porcentagem muito pequena da população de lá, em que é possível perceber que está muito mais exposta”, ressalta.

De acordo com Oliveira, no Brasil, “existe o chamado racismo velado, em que a população negra ‘sabe de seu lugar’ fora desses espaços, considerados nobres, de ‘pessoas de bem’ e ‘diferenciadas’”. “Você vê como o combate é necessário, sendo que, muitas vezes, parte dessa população não percebe que sofre o racismo, assim como parte da população branca comete atos racistas, sem, muitas vezes, ter consciência de que está fazendo isso. Muitas ações que fazemos sem querer, ou porque sempre foram feitas, têm cunho profundamente racista, e pessoas negras, por sempre terem ouvido determinadas coisas, nem percebem que isso é racismo, o que mostra como a reflexão acadêmica é importante para trazer essa noção”, aponta.

Informações sobre o NEAB da Uniara podem ser obtidas pelo telefone (16) 3301-7173.



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