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Uniara e Secretaria Municipal do Meio Ambiente firmam convênio para mapeamento de árvores

Publicado em: 05/02/2016

O Centro Universitário de Araraquara – Uniara, por meio de seu curso de Biologia, e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente firmaram um convênio que prevê o diagnóstico de árvores da cidade com a finalidade de melhorar a arborização urbana. O vereador e presidente da Câmara Municipal, Elias Chediek, auxiliou na articulação do projeto.

Uma das responsáveis pelo mapeamento, a professora da graduação, Flávia Cristina Sossae, explica que o projeto tem sido discutido com a Secretaria há cerca de cinco anos, mas que agora foi concretizado. “O objetivo é fazer um levantamento censitário, ou seja, árvore por árvore, para poder analisar quais são as espécies, como elas estão, e se precisam de manutenção, juntando o conhecimento científico com a parte prática da Secretaria”, detalha.

A intenção, segundo ela, é começar logo após o carnaval, com a seleção de alunos de Biologia da Uniara e o treinamento, para, em março, já colocar o trabalho em prática. “Essa pesquisa é muito importante porque além de ela chegar aos meios científicos, estará acessível também à população”, destaca.

Flávia conta que a ideia é fazer a análise em todo o município, “mas como a duração é de um ano, será feito na região central, que é onde se encontram as árvores mais antigas, sendo que pretendemos, posteriormente, ver a possibilidade de estender as atividades”.

Outra docente que está à frente do projeto, Ana Carolina Buzzo Marcondelli, comenta que além das duas, a coordenadora da graduação, Teresa Kazuko Muraoka, também participa do levantamento, juntamente com estudantes do segundo, terceiro e quarto anos. “Por sua vez, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente será responsável por tomar as medidas a partir do nosso diagnóstico”, diz.

“Poderemos contar com a ajuda dos docentes do Mestrado em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, na parte de geoprocessamento e análise de dados. E os primeiranistas do curso poderão acompanhar as atividades. Serão dez estudantes, divididos em cinco equipes, que atuarão em duplas. Muitos deles poderão usar isso em seus Trabalhos de Conclusão de Curso, por exemplo”, completa Flávia.

Na prática, Ana Carolina detalha que os estudantes farão a identificação de espécies e a medição das árvores, além de estimarem suas alturas, as distâncias entre elas e os muros das casas, e também em relação à calçada. “Serão tiradas fotografias para identificação de possíveis problemas. É algo bastante trabalhoso, que demanda certo tempo”, observa.

A conscientização também é um dos objetivos do projeto. “Muitas pessoas acham que a árvore é sinônimo de sujeira porque solta folhas e flores, tem fruto etc. Elas dizem que vivem varrendo a casa, mas precisamos ver as vantagens: ela gera sombra, deixa o clima mais ameno, oferece fruta e benefícios para os animais como alimentos e abrigo. Há estudos que apontam que ela também diminui as poluições sonora e atmosférica”, ressalta a professora.

A longo prazo, Flávia coloca que o mapeamento também melhoraria a situação da concentração de pombos, que ficam nas áreas verdes. “Se a cidade fosse uma floresta urbana, facilitaria essa dispersão”, explica a docente, que lembra que dois dos mentores do projeto foram os professores Adalberto Cunha e João Geraldo, “mas que precisaram se ausentar em 2015”.

Para Ana Carolina, ver o trabalho sendo realizado é motivo de orgulho. “É muito bom para nós, porque os alunos aprendem em sala de aula e aplicam o conteúdo nas ruas. Uma grande realização para o professor é formar um profissional e vê-lo colocando em prática o conhecimento adquirido”, finaliza.

Informações sobre o curso de Biologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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